Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino atinge de 15 a 20% dos homens acima dos 50 anos.
A deficiência de Testosterona aumenta com a idade, podendo causar redução da fertilidade, disfunção sexual, declínio da força muscular, alteração do perfil lipídico e da memória.
Homens com diagnóstico comprovado podem ser beneficiados com a Terapia de Reposição do Hormônio Testosterona ( TRHT).
O declínio da produção do hormônio Testosterona aumenta com a idade. Por ser um processo lento e, diferentemente do ocorre com o sexo feminino ( menopausa), muitas vezes o homem associa as queixas ao processo natural do envelhecimento.
A essa síndrome ( associação dos sinais e sintomas com declínio da Testosterona no sangue), chamamos DAEM: Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino. AS manifestações desse distúrbio costumam aparecer, isolada ou associadamente, da seguinte maneira:
Homens com sintomatologia clínica sugerindo DAEM necessitam da confirmação laboratorial que indique baixo nível de Testosterona, cuja coleta deve ser realizada pela manhã.
A TRT ( Terapia de Reposição de Testosterona) é o tratamento indicado para aqueles casos clinicamente significativos, desde que afastadas as contraindicações para essa terapia.
A reposição poderá ser realizada com medicações que estimulem a produção de Testosterona pelo próprio testículo ( estimulação endógena) ou, de outra forma, a terapia de reposição exógena, que poderá ser de modo transdérmico ( gel ou adesivos) ou injetáveis.
Esses pacientes devem ser acompanhados a cada três meses ( e posteriormente a cada 6- 12 meses), após o início do tratamento, avaliando a melhora dos sintomas, bem como dos níveis séricos de Testosterona para evitar reposição supra fisiológica ( acima do normal). Controle do PSA e do hematócrito também devem ser avaliados.
Além dos benefícios da melhora clínica, vários estudos demonstraram aumento da mortalidade geral e cardiovascular nos pacientes hipogonádicos ( com baixa Testosterona), especialmente nos idosos e com morbidade associada.
Diversos estudos observacionais demonstraram, também, associação desses níveis baixos de Testosterona a fatores de risco cardiovascular, como obesidade abdominal, síndrome metabólica, Diabetes Tipo2 e Dislipidemia ( Colesterol Total e LDL elevados).
Autoria: Francisco Ribas Marconato – Médico Urologista – CRM/SC 5859
Artigo baseado nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia